Minhas compras

Não sei porque alguns amigos quando querem comprar ou atualizar seus produtos eletrônicos, me pedem opinião. Não sou da área de informática, não tenho loja nem sou uma expert no assunto. Mas, com certeza, gosto de pesquisar e pesquisar muito, antes de comprar qualquer bugiganga que me aparece pela frente.

De um simples 'tablet do ladrão' ao smartphone preferido de uso pessoal, pesquiso todas as características dos aparelhos. Fico danada porque algumas lojas não colocam  todas as informações técnicas. Não tem problema: Podem querer vender meu aparelhinho super selecionado pela metade do preço que vou ignorar sucintamente. Quero informações completas, mais que o preço. Informação é tudo. Dinheiro? O que se perde aqui, ganha-se ali, não é verdade? São as informações detalhadas e minimalistas que me dão o prazer da compra - e prazer não tem preço. Não me importo se 90% das informações eu nem entendo: Com certeza, se julgar relevante para a minha compra, buscarei sanar minha ignorância técnica nos sites especializados.

Sem querer, creio que acabei de descobrir porque meus amigos me perguntam sobre os aparelhinhos mágicos: A pesquisa minuciosa. :)

Enfim, adquiri a prática da duplicidade de aparelhos, por conta da enorme e infinda insegurança que assola o Rio de Janeiro; e o Brasil, de uma forma geral. Tenho os meus  aparelhos preferidos e os meus aparelhos que enfrentam a insegurança e não dão lucro ao ladrão. Sinceramente, apesar do que apregoavam da insegurança, eu havia presenciado poucos casos. E nunca fui assaltada. De 4 anos para cá, até eu que sou desligada dessas coisas (ando avoada nas ruas, pensando em mil coisas ao mesmo tempo), notei o escandaloso aumento da criminalidade no Rio de Janeiro. Não há um dia sequer em que eu saia e que não presencie, no mínimo, três ações de marginais. Com  armas e/ou com agressões físicas.

Alguém lá em cima realmente cuida muito bem de mim, pois já estive numa cafeteria, com um super Vaio enorme; e aconteceu de entrar um trio e levar tudo de todos que estavam na cafeteria. Nem olharam para a minha cara, era como se eu estivesse invisível. Esse dia foi demais e guardo fortes lembranças de todos os detalhes e sensações que senti. Foi trágico e lindo ao mesmo tempo. O assunto não é esse, lá ia eu perdendo o foco de novo!... O objetivo é falar de minhas compras de tecnologia.

Tenho os meus aparelhos que uso em casa e que levo comigo no período de execução dos projetos, quando eu tenho o carro para me pegar e me deixar na porta. E tenho os aparelhos que uso quando saio de táxi ou quando preciso pegar buzão ou andar algum pedaço maior do que 6 metros. São aparelhos completamente distintos. Para começar, o notebook que carrego quando estou desprotegida não é de marca considerada como 'tradicional'. É um bom notebook, tem velocidade e espaço mas ninguém vai querer  comprar porque não tem nome. Sem nenhuma fama, paguei menos de mil nele, neste ano. O produto similar, só por causa do nome, custa cerca de mil e quinhentos a mais, sem  a mesma velocidade que o sem fama que adquiri.

Em Hannover (ai, que saudade!), observei que eles não vão muito com o nome, não. Eles não perguntam "qual a marca" ou "qual o modelo" como os meros mortais de Terceiro  Mundo fazem. Eles querem saber a velocidade do processador, a resolução, a RAM e outros detalhes. Só no fim perguntam pela marca e modelo. Terceiro Mundo é outra história: é um bando de burros e ignorantes que, para disfarçar a burrice e ignorância, escolhem apenas pela marca, pela moda, pelo que apresenta a mídia paga. E compram porcarias por preços absurdos.

É que nem telefonia. Nos vários sites de reclamação de consumidor, todas as nossas empresas e operadoras (como se tivéssemos muitas!...) estão entre as primeiras dez no ranking de queixas. Em 2012 fiquei invocada, muito desgastada mesmo com essas empresas - que nem brasileiras são; são multinacionais que só comem o nosso dinheiro, sem apresentar retorno no mesmo nível. Pensei comigo: E o que é esse tal de VoIP de verdade? A primeira lembrança é o Skype. Li, pesquisei, olhei tudo e esgotei o tanto de informações que podiam me prestar. E aí? - perguntei para mim mesmo -, só tem essa empresa de VoIP? Deve ter mais, não é possível que seja apenas uma. E não é. São centenas, milhares de empresas ao redor do mundo que prestam serviço de VoIP. Não sabe o que é? Só lamento!... :)

Com bons equipamentos eletrônicos dá para ser bem servido, pagando menos do que a média desinformada, desligada e carente gosta de pagar. Em Hannover, vim saber que a carência por status das pessoas de Terceiro Mundo também contribui para pagarmos de 10 a 20 vezes mais pelos serviços, com menor qualidade do que a média global.

Nem tudo é culpa dos impostos porque as empresas quando querem se estabelecer aqui no Brasil já inventam uma série de exigências para garantir o lucro. Os que estão na área quente das Comissões ganham "presentes" e "agrados" para se colocarem a favor das exigências estrangeiras.

O Brasil paga para que as empresas de telefonia (e outras) ofereçam os melhores serviços delas, quase de graça, nos países de primeiro mundo. "Lá" é mais barato e eficiente do que "aqui" porque "aqui" é que as empresas lucram horrores e gozam de benefícios infindáveis para se capitalizarem e oferecerem o serviço de excelência "lá": O apoio sem reembolso do BNDES oferece um mínimo de 20 milhões às empresas; menos que isso, nem pense: É quase uma Mega-Sena de mão beijada. Dinheiro público, na base da  política do "la garantia soy io". Eu vi o resultado dessa garantia de Terceiro Mundo. Eu vi! E como vi!

Na próxima compra, não seja otário leviano. Não escolha pelo nome.
Leia os sites de reclamação dos consumidores, pesquise todos os dados técnicos, compare os testes de análise, acompanhe os preços por alguns meses, procure saber das  novidades que foram lançadas e das novidades que estão na boca do forno. Compare os preços na loja física e na loja virtual. Já foi tempo em que se pagava mais em conta na loja virtual. Depois que as compras online ficaram comuns, os preços subiram mais do que nas lojas físicas. Há um abuso indômito nas vendas virtuais - infelizmente para mim,  que adoro fazer compras neste sistema. Estou me controlando para evitar porque a diferença dos preços está um abuso mesmo. Se eu tivesse o poder do pirlimpimpim,  hipnotizava as pessoas para abandonarem as compras on-lines - estão custando um furto, um parto e dois olhos.

O prazer da compra exige paciência. Tenho enorme prazer em todas as minhas compras: Pago sempre o menos por mais. Sou vidrada no custo x benefício! Frustração não faz parte da minha vida.

Brasileiro é aquela coisa... Fica com a moda! Para quem é, qualquer coisa basta!
 Tem coisas que realmente não há preguiça e falta de disposição que possa ser vencida. Não é, bebê? ;)

Falei muito e não disse nada, né? Será?

A partir de hoje estarei cobrando pelas minhas minuciosas pesquisas.

bjs

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